Projeto Gaúchas & Beduínas

Esta é a página do Projeto Gaúchas e Beduínas, baseado na obra de Manoelito de Ornellas sobre a origem étnica e a formação social do Rio Grande do Sul, especificamente sobre a figura icônica do gaúcho “pampeano“.

Esta ideia nasceu para ser o subtítulo da 7ª Edição do Festival Ayuni Belly Dream – evento internacional de danças árabes -, porém esse evento foi suspenso por falta de recursos e assim o foi aproveitado como tema para o Espetáculo de encerramento do Ayuni Studio de dança em 2018.

Com o grande sucesso e repercussão obtida, graças a temática ter uma grande ligação histórica e afetiva coma região, haja vista Jaguarão estar no pampa do RS, fronteiriça ao Uruguai e muito próximo da Argentina, terras onde os gaúchos escreveram suas histórias, a reapresentação foi enviada e selecionada no edital de patrocínios do Banrisul para uma reapresentação na Semana Farroupilha de 2020, contudo devido a pandemia de COVID-19, não pode ser realizada.

Dessa forma a ideia transformou-se num projeto que visa reapresentar periodicamente este espetáculo na semana Farroupilha, trazendo Cias, Grupos, Artistas Profissionais e Amadores dos países que fazem parte da formação agora, por que não, genética, deste deste personagem histórico.

O conceito geral baseia-se na divulgação da cultura, através da dança relacionada aos 7 povos que consideramos fazer parte da história evolutiva que culminou com a figura do povo gaúcho: Árabes, Bérberes/Beduínos, Ciganos, Espanhóis, Portugueses, Africanos e Indígenas.

O DNA da campanha gaúcha que se notabilizou nos pampas tem suas raízes nos povos originários sul-americanos mesclados aos colonizadores da península ibérica, que por sua vez foram “temperadas” também por sangue de povos árabes e africanos.

“Segundo relato, seu avô viera da Espanha, […]. Da Espanha vieram para o Uruguai, de navio, e depois para o Brasil. Eram três irmãos: um se perdeu na viagem; o outro foi para São Gabriel, onde formou família e montou um acampamento cigano; o último, avô do Sr. Bagesteiro, foi parar em uma tribo de índios em Rosário do Sul, onde se apaixonou por uma índia e casou-se. […]. Seu avô era comerciante de cavalos e viajava pelo Brasil, mas os lugares que mais se fixou foram em Rosário do Sul (Saicã) e em Porto Alegre (Parcão). O Pai do Sr. Bagesteiro foi o último filho dessa família, formada pelo cigano, vindo da Espanha e pela índia do Rio Grande do Sul.”